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quarta-feira, 26 de maio de 2010

A vida é bela

Amei demais e por isso resolvi postar algo sobre a mensagem que o filme me passou; o que ficou marcado em meus pensamentos e sentimentos.

Guido e a família: vida
feliz e tranqüila antes do holocausto.
A Vida é Bela é uma comédia e por isso desperta fúria e comoção. Fúria porque para alguns judeus e os politicamente corretíssimos o massacre nazi-fascista não deveria jamais servir de argumento para uma história tão leve e bem-humorada sobre o sofrimento no holocausto. Comoção porque conta a luta heróica de um pai determinado em fazer da guerra um jogo pueril para proteger o filho da cruel realidade dos seguidores de Hitler e Mussolini.
Não que a metáfora não sirva para amplas discussões: Guido chama as ações nos campos de concentração de gincana onde os judeus que seguirem as regras – esconderem-se, manterem-se em silêncio e não pedirem por comida – ganham pontos e concorrem a um tanque de guerra. A produção comove e convence sobre como a sétima arte pode emocionar com situações insólitas aliadas a fragmentos de realidade. Uma fábula humanista sem propósitos políticos, nem objetivo de deturpar a história.
O filme é dividido em 2 partes: na primeira hora de duração Guido Orefice (Roberto Benigni) sai do campo e vai para a cidade, onde conhece uma charmosa professora chamada Dora (Nicoletta Braschi), a quem ele dá o apelido de “princesa”. Nesse tempo ele trabalha como garçom, onde arranja amigos e inimigos e tenta conquistar sua paixão.
A segunda parte começa quando entra o garotinho na história e as partes mais dolorosas. Giosué (Giorgio Cantarini, excelente!) é filho do casal. Durante a guerra eles são mandados para campos de concentração e eles ficam em alas diferentes da dela (separação de homens e mulheres). Para não deixar o garoto incomodado com a situação, Guido inventa uma longa história, dizendo que tudo aquilo é um jogo e que quem fizer 1000 pontos primeiro leva um tanque. Mas não será fácil mantes essa “mentira”, ele enfrenta muitas coisas para conseguir manter essa fantasia para o garoto.
O que impressiona é que Guido para conseguir se manter vivo e bem, acaba aceitando também tudo isso como um jogo, faz da fantasia do filho a sua própria fantasia. Momentos de encher nossos olhos estão presentes no filme também, como quando os 2 encontram o microfone vago e logo Guido diz palavras belíssimas para sua “princesa”, que pode ouví-lo. Além disso o garoto nos encanta com seu modo, principalmente no final, onde segurar as lágrimas é difícil.
O filme mostra com bom humor e divertimento o terror vivido pelos judeus italianos na 2º Guerra Mundial. Mesclando um humor simpático com partes profundamente dolorosas, Benigni faz um trabalho totalmente humano e profundo, consegue tocar o espectador de uma maneira incrível.

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